Esta semana, estive no Webexpoforum, um super evento de Internet e Tecnologia aplicados aos Negócios. Assisti palestras muito interessantes e a primeira delas, inclusive uma das que mais gostei, foi a de Luca Messaggi a respeito de CROWDSOURCING ADVERTISING. Já escrevi sobre a palestra dele no Inovadores Espm, mas faço questão de reforçar aqui também.
Luca é italiano e diretor da Zooppa, uma empresa inovadora que iniciou na Itália, em filiais nos EUA e chegou há pouco tempo no Brasil. A Zoopa é um misto de Rede Social , plataforma de Negócios e Tecnologia.
Como funciona?
As empresas procuram a Zooppa, porque desejam criar anúncios diferentes, originais e relevantes através da colaboração de seus consumidores/clientes. Isso mesmo! A Zoopa possibilita que qualquer pessoa se cadastre em seu site e participe das competições para criar anúncios para determinadas marcas, recebendo assim uma quantia em dinheiro. É bom para as empresas porque automaticamente cria-se um efeito viral em cima de uma campanha e da marca, além de todo o engajamento com seu público. Além é claro do investimento mínimo, perto dos valores gastos com campanhas convencionais. Esse processo de interação com o público e deixar que ele participe do processo de criação de propaganda é o chamado Crowdsourcing Advertising, e faz parte do futuro da Publicidade, de acordo com Luca. Trata-se de um processo de conexão com o público, dar voz ao coletivo.
Na minha opinião, certamente essa nova modalidade para se fazer propaganda é uma grande sensação e está apenas começando aqui no Brasil. O primeiro cliente da Zooppa aqui no Brasil é a Sky e já está rolando uma competição no site para desenvolver a campanha: De amigo para amigo.
Achei um bem interessante artigo sobre o tema na Adage e inclusive mais referências de empresas que fazem esse tipo de serviço:
OpenAd.net: Fornece a capacidade de gerar idéias publicitárias a partir de uma rede distribuída de mais de 11.500 criativos de mais de 125 países. Grandes marcas como a MTV, Virgin Atlantic e a DaimlerChrysler já contrataram seus serviços.
CrowdSpring: possui uma rede de mais de 20.000 criativos de 140 países que competem para oferecer logotipos, site e idéias relacionadas a design para médias e pequenas empresas . Os resultados finais são impressionantes, como literalmente centenas de apresentações feitas pelos designers .
Idéias inspiradas pelo CROWDSOURCING
FFFFound!: O site permite aos usuários publicar e compartilhar suas imagens favoritas encontrados na web e, em seguida dinamicamente faz recopmendações baseadas em gostos e interesses de um usuário.
PatternTap: é um dos melhores sites de comunidade para designers de interface à procura de inspiração para resolver problemas de projetos.
COLOURlovers: possui mais de 1 milhão de nomes de cores, centenas de milhares de paletas de cores e padrões, além de comentários e avaliações. Entrevistas com os melhores profissionais criativos são um bônus, assim como posts com títulos como “The Art of Color: Rothko Meets Web 2.0”.
Neste mesmo artigo da Adage, é citada uma discussão quanto à disseminação do uso de Crowdsourcing pelas empresas. Pode uma campanha criada pelo coletivo ser comparada a algo que uma agência conceituada produz?
Os serviços de crowdsourcing podem ter grandes riscos e recompensas. Pode uma brilhante idéia criativa colocar em risco uma relação de confiança com um parceiro que vive e ajuda a desenvolver a sua marca, em muitos casos, durante todo um ano? Ambas as abordagens podem coexistir?
Para mim, a criatividade gerada pelo crowdsourcing prova que uma grande idéia pode vir de qualquer um, em qualquer lugar e isso é o suficiente para demonstrar o quanto esse novo pensamento pode ser aplicado aos negócios e realmente dar certo.
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